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Resultados dos primeiros 9 meses do ano prevêem um fecho em altas

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Resultados dos primeiros 9 meses do ano prevêem um fecho em altas

14.Oct.2019

Resultados dos primeiros 9 meses do ano prevêem um fecho em altas


O Departamento de Research da consultora WORX – Real Estate Consultants, dedicado à análise de performance do mercado imobiliário nas áreas de escritórios, investimento, retalho, turismo, industrial e logística, analisou os primeiros 9 meses de 2019.

Um cenário positivo está traçado, com base em tendências apontadas no último estudo WMARKET – 1º Semestre 2019 e complementado pelo terceiro trimestre do ano em que a consultora enfatiza também algumas das vantagens competitivas de Portugal face aos restantes países da europa.

Iniciando pelo segmento de Investimento imobiliário comercial, deverá bater recordes tendo já ultrapassado a fasquia dos 1,1 mil milhões de euros e a estabilização dos níveis de liquidez, que irá manter-se direcionada para ativos prime que se adequam a investidores com perfil core. Na análise dos primeiros 9 meses de 2019, é de realçar o facto de que 70% do investimento nacional foi composto por operações superiores a 50 milhões de euros.

Para o mercado de escritórios, no total de 9 meses o volume de absorção foi de 136.008 m2, o que representa um aumento de 6% comparativamente ao período homólogo de 2018.

O mercado manter-se-á em alta, impulsionado pela entrada crescente de empresas internacionais no mercado português, pela necessidade de expansão e mudança de instalações de empresas que vêem crescer a sua actividade ou procuram realizar um upgrade às suas actuais condições de trabalho. A escassez de oferta continuará a ser uma realidade até ao final do ano, o que constitui um maior obstáculo à manutenção do dinamismo do mercado de escritórios e coloca a tónica nas operações de pré-arrendamento no que diz respeito à ocupação de áreas de grande dimensão.

Os valores de renda prime irão continuar a verificar margem para progressão.

O sector de retalho também tem sido alvo de procura neste período de 9 meses analisados pela WORX. Da amostra levantada pela consultora, abriram, na cidade de Lisboa, cerca de 160 novos espaços comerciais, na sua maioria espaços dedicados à restauração.

No segmento de industrial e logística existem sinais de viragem, ainda que muito brandos. O expectável aumento do comércio eletrónico e a necessidade de agilização de tempos de entrega fará aumentar a procura por espaços logísticos próximos dos centros urbanos.

Os estudos mais recentes em Portugal, sobre o e-commerce, datam do final de 2018, fruto de uma colaboração entre a ACEPI e a IPC e apontam que o B2B representou em 2017 cerca de 70 mil milhões, i.e 38% do PIB e que o B2C, no mesmo período representou 4,6 mil milhões de euros i.e. 2,6% do PIB. As projeções apontam que para 2025 o B2B atinja os 132 mil milhões de euros e que o B2C atinja cerca de 9 mil milhões de euros.

Este incremento da economia digital, embora grande parte dela esteja assente em compra transfronteiriças, é espectável que à semelhança que da instalação da Amazon em Espanha, que outra empresas internacionais dedicadas ao e-commerce sigam o exemplo e se instalem noutros países, podendo Portugal, com a sua localização uma excelente plataforma para distribuição de produtos na europa. Será um fator que poderá agitar as águas deste sector.

Para o sector do turismo prevê-se um aumento dos principais indicadores de performance.

Portugal irá continuar a afirmar-se no mercado turístico de luxo, através de uma maior diferenciação de produtos, aposta em novos conceitos e nichos de mercado especializados que possam atrair mercados com maior poder de compra.

Nos primeiros seis meses deste ano, as receitas turísticas rondaram os 7,3 mil milhões de euros, um valor que corresponde a um crescimento de 6,5% face ao primeiro semestre de 2018. Os proveitos globais por aposento registam um aumento de 7,3%, ascendendo a 1,3 mil milhões de euros.

Para estes números contribuíram fatores como o alargamento de atividades turísticas a meses menos tradicionais; a diversificação de mercados, com crescimentos expressivos do mercado americano, polaco e brasileiro; a diversificação da oferta quer ao nível do tipo de alojamento quer ao nível de atividades e novos focos de interesse a captar a atenção de novos tipos de turistas. A juntar a este dinamismo e como binómio do sucesso, deve-se também destacar a melhoria da qualidade dos serviços, consequência da melhor formação e do refinamento da aprendizagem, fruto do incremento constante de turistas e de profissionais.

Fonte: Worx
www.worx.pt