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Renovação da Casa da Severa, em Lisboa, distinguida através de prémio internacional

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Renovação da Casa da Severa, em Lisboa, distinguida através de prémio internacional

27.Nov.2015

Renovação da Casa da Severa, em Lisboa, distinguida através de prémio internacional


O projecto de renovação da famosa "Casa da Severa", em Lisboa, foi recentemente reconhecida pelo prémio internacional BIGMAT'15. Este galardão, outorgado pela BigMat Group, tem como objectivo "premiar a excelência arquitectónica, favorecendo, assim, o diálogo entre as diferentes figuras que participam dentro do sector da arquitectura, em benefício de uma construção de qualidade".

Contando com a assinatura do gabinete de arquitectura de José Adrião Arquitectos o projecto de renovação da "Casa da Severa" recebeu a distinção internacional BIGMAT'15. 

O prémio, outorgado pela BigMat Group, que agrega as maiores empresas europeias de distribuição de materiais de construção, distinguiu este projecto de reabilitação de um edifício no Largo da Severa, na Mouraria, promovido pela Câmara Municipal de Lisboa e que funciona como polo de divulgação do Fado.

No local, situado na Mouraria e denominado Casa da Severa, por se supor que lá nasceu Maria Severa, uma das figuras marcantes da história do fado, a autarquia investiu 281 mil euros.

O edifício, cuja renovação culminou em 2013,  foi totalmente reabilitado e dotado de infra-estruturas e equipamentos de cozinha, sendo actualmente explorado como casa de Fado pela empresa Conquistamelodia, do fadista e produtor Helder Moutinho.

A cerimónia de entrega dos prémios decorreu a 20 de Novembro, em Berlim. De uma selecção de 750 projectos de 6 países europeus (Bélgica, República Checa, França, Itália, Portugal, e Espanha). o edifício de escritórios localizado em Zamora, Espanha, projectado pelo Estudio Arquitectura Campo Baeza, foi galardoado com o BIGMAT'15 International Architecture.

Para além deste grande prémio, de entre os 18 projectos finalistas foram atribuídos 5 prémios nacionais (tantos quantos os países representados nesse lote de finalistas), cabendo à Casa da Severa o Prémio Nacional/Portugal BigMat.

Além deste importante projecto de renovação de um dos bairros históricos da capital, também foi distinguido o projecto da casa de São Francisco da Serra em Braga com o projecto arquitectónico do ateliê AZO Sequeira Arquitectos Associados.

O painel de júri, foi presidido por Jesús Aparicio (Espanha) e composto por Olivier Bastin (Bélgica), Martin Rajnis (República Checa), Henri Ciriani (França), Francesco Dal Co (Itália), Manuel Aires Mateus (Portugal), Antonio Ortiz (Espanha) e pelo secretário Jesús Donaire.

O fado vadio teve o seu ícone antes de Amália

Maria Severa Onofriana nasceu a  26 de Julho de 1820. Celebrizou-se como "Severa", tornada o ícone de primeira fadista pelos seus amores e pelos fados que cantava, tocava e dançava, no bairro da Mouraria.Apesar do seu falecimento prematuro (26 anos) a sua fama mantém.-se ainda no dias de hoje como relata este enxerto publicado no site oficial do Museu do Fado de Lisboa:

«Após a sua morte a "meio-soprano dos conservatórios do vício", conforme a apelidou Pinto de Carvalho, passou a usufruir de uma crescente fama, até então inédita nestes círculos populares, cantada em letras de fados, em romance e até no cinema. Essa popularidade está patente no "Fado da Severa", catalogado por Teófilo Braga no "Cancioneiro Popular" de1867».

«Na Mouraria, na Rua do Capelão, está o Largo da Severa, onde a casa da fadista está assinalada com a indicação de "Casa da Severa" e no chão, empedrado de calçada à portuguesa, pode ver-se o desenho de uma guitarra. Na fachada da casa foi colocada uma placa, onde pode ler-se: "Nesta casa viveu Maria Severa Onofriana/ considerada na época a expressão sublime do Fado/ Faleceu em 30-11-1846 com 26 anos de idade/ Lisboa 3-6-89"».

Fonte: Vários
Autor: António Barbosa
Imagem: Câmara de Lisboa e Museu do Fado (EGEAC)