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Pavilhão com estrutura hiperbólica de bambu

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Pavilhão com estrutura hiperbólica de bambu
Pavilhão com estrutura hiperbólica de bambu
Pavilhão com estrutura hiperbólica de bambu
Pavilhão com estrutura hiperbólica de bambu
Pavilhão com estrutura hiperbólica de bambu

05.Jul.2017

Pavilhão com estrutura hiperbólica de bambu


Uma equipa de arquitetos de Florença, Itália, venceu o concurso para projetos em bambu da CAMBOO, evidenciando o material pela suas qualidades construtivas sólidas e sustentáveis. Realizado em Phnom Penh, no Camboja, o festival CAMBOO procurou encontrar um projeto inovador para um pavilhão emblemático como peça central durante o evento. Os arquitetos Roberto Bologna, Fernando Barth, Chiara Moretti e Denny Pagliai venceram 125 outras propostas com seu pavilhão "Hyperbamboo", que foi escolhido pelo "uso inteligente e bem pensado do bambu como material de construção".

Hyperbamboo é construído inteiramente de bambu de origem local e com um tecido para sombras. Construído em Freedom Park em Phnom Penh, as entradas do pavilhão situam-se ao longo do eixo longitudinal da praça do parque, onde as pessoas se movimentam durante o festival.

A cobertura do pavilhão, que lembra velas, com duas grandes e duas menores são modeladas por parábolas hiperbólicas, que complementam a flexibilidade e o caráter de tração do bambu. Os dois lados maiores aumentam a sombra oferecida pela estrutura, enquanto os dois lados mais curtos incluem paredes inclinadas que protegem a vista para as lojas adjacentes. A forma criada pela cobertura pode proteger eficientemente o pavilhão da chuva, com a água sendo escoada pelos lados.

Um quadro estrutural primário de vigas espessas de bambu é utilizado para configurar as bordas do plano exterior do telhado com uma estrutura secundária formando a grade na qual o tecido de sombras está ligado. Hyperbamboo é construído com várias partições externas - pode ser completamente aberto ou fechado em todos os quatro lados, ou fechado alternadamente em dois lados opostos para criar ventilação cruzada e permitir a luz natural. À noite, o uso de luzes artificiais confere um brilho ao pavilhão através do tecido semi-opaco da cobertura.

O júri incluiu representantes da Building Trust International, artesãos locais especializados em bambu e profissionais de arquitetura e paisagismo. O júri ficou "impressionado com um nível de compreensão e reflexão para todos os estágios de construção do projeto".

O bambu, muitas vezes, tem uma reputação ruim como um material "pobre". No entanto, esse estigma vem diminuindo, pois seu ressurgimento vem apoiado por diversos projetos contemporâneos. Nos países em desenvolvimento, onde a demanda por concreto armado é alta, o bambu está sendo considerado como uma substituição possível para o aço, marcando uma nova direção aos materiais sustentáveis. Sua força de tração e seu potencial de curvatura tem sido adotados a diversos usos. Desde servir como andaimes nos arranha-céus de Hong Kong, até criar lindas casas de luxo, o bambu recebe novos usos para suas raízes vernaculares.


Fonte: ArchDaily Brasil