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Para breve o fim do despejo de esgotos sem tratamento, na Ria Formosa

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Para breve o fim do despejo de esgotos sem tratamento, na Ria Formosa

03.Dec.2015

Para breve o fim do despejo de esgotos sem tratamento, na Ria Formosa


Estão em fase avançada de conclusão os trabalhos de resolução dos problemas de despejo indevido de esgotos domésticos na rede de águas pluviais, e consequente condução à Ria Formosa.

O problema remonta a meados da década de 80 do século passado, época até à qual existia apenas uma rede de drenagem, quer das águas provenientes das chuvas, quer das águas residuais, sendo ambas despejadas, sem tratamento, na Ria Formosa.

Com a crescente pressão urbanística, decorrente do crescimento da cidade, foi gradualmente sendo construída uma nova rede de drenagem. As redes existentes até então passaram a recolher apenas águas pluviais e construíram-se redes de drenagem de águas residuais, que são encaminhadas para as duas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR's) entretanto construídas (Nascente e Poente), para o respectivo tratamento.

Entretanto, encontra-se em fase de adjudicação a construção de uma nova ETAR, um projecto de 14,5 milhões de euros, infraestrutura que substituirá as actuais ETAR's Faro Nascente e Olhão Poente e passará a tratar efluentes de Faro, Olhão e S. Brás de Alportel.

Estas obras resolveram grande parte do problema, mas persistem até à actualidade situações pontuais de condução indevida de esgotos domésticos para os colectores pluviais, sem origem conhecida. Este tem sido um problema identificado, de difícil resolução, e que tem representado um foco de poluição da Ria Formosa.

Aos ramais prediais que se mantiveram ligados à rede pluvial, acresce o facto de Olhão ser uma cidade plana e, em algumas zonas, com uma cota abaixo do nível do mar, o que dificulta o "trabalho" dos colectores domésticos que se servem da gravidade para conduzirem os afluentes.

O trabalho tem sido minuncioso, com inspecções vídeo e humanas a grande parte dos troços da rede pluvial, num trabalho de campo contínuo que resultou, até agora, na realização de inspecções em sete troços: Bairro 11 de Março – Cais de Embarque (900 metros), zona Norte da Estrada Nacional 125 – Rua de Olivença (315 metros), Avenida Calouste Gulbenkian – bairros Horta do Espanha e Bairro dos Pescadores (600 metros), entroncamento com a Rua António Henrique Cabrita – Avenida D. João VI (450 metros), Avenida D. João VI – Linha dos Caminhos de Ferro (430 metros), Cemitério – Praceta de Agadir (400 metros) e Travessa Alexandre Braga – Travessa da Feira (134 metros).

Em alguns destes casos não foram detectadas irregularidades mas, na generalidade, foram identificados casos de caudais de águas residuais a serem despejados indevidamente na rede pluvial.

Uma vez identificados os problemas e a respectiva solução, os trabalhos de correcção têm sido feitos gradualmente e mais de metade encontram-se já finalizados, traduzindo-se num investimento de cerca de 280 mil euros.

Fonte: Ambiolhão
imagem: D.R.