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Lisboa quer ser cidade "Inteligente" e energéticamente eficiente

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Lisboa quer ser cidade "Inteligente" e energéticamente eficiente

18.Dec.2015

Lisboa quer ser cidade "Inteligente" e energéticamente eficiente


"Sharing Cities" é o nome da candidatura apresentada no passado mês de Maio pelas autarquias de Lisboa, Londres e Milão aos programas comunitários destinados a tornar as cidades mais inteligentes e melhorar índices de eficiência energética. A candidatura foi assim incluída no conjunto de projectos-farol comunitários, com direito a uma verba de 28 milhões de euros.

O consórcio europeu agora aprovado conseguiu angariar à sua volta uma série de parceiros, num total de 35 entidades ligadas ao meio académico e centros de investigação, operadores nas áreas dos transportes e empresas do sector privado ligadas às tecnologias de informação e comunicação, energia e ambiente.

Para além das três cidades que encabeçam a candidatura, estão a acompanhar o processo outros municípios interessados em implementar os sistemas que Lisboa vai experimentar. Em Portugal, são 15 as cidades envolvidas que darão a dimensão multiplicadora ao projecto, considerada essencial na decisão do júri da candidatura. Os sistemas testados serão assim depois ser espalhados por outras localidades a nível nacional.

Este projecto pioneiro vai envolver a aplicação directa em Lisboa de cerca de 7,5 milhões de euros, ao longo dos próximos quatro anos. Tudo acontecerá numa zona piloto onde serão desenvolvidos sistemas de gestão articulados que vão permitir aumentar a eficiência energética em edifícios e dotar esta área de redes de mobilidade mais adaptada aos padrões de uso diário e, ao mesmo tempo, menos poluentes.

A reabilitação urbana de um conjunto de habitação (pública e privada) e de um edifício de serviços públicos vai promover um melhor comportamento energético e é uma das medidas prioritárias deste projecto. Os imóveis serão dotados de sistemas de controlo de consumos, que permitam monitorizar os ganhos energéticos e adaptar as soluções testadas, de forma rápida.

Por outro lado, pretende dotar-se as vias de circulação abrangidas pelo projecto de sistemas de iluminação de baixo consumo e melhor rendimento.

Em termos de mobilidade sustentável, está prevista a instalações de uma malha integrada de veículos com emissões próximas do zero, incluindo aqui uma rede de bicicletas eléctricas partilhadas. Mas porque é essencial conhecer padrões de mobilidade e dar cada vez mais informação aos habitantes sobre as matérias relacionadas com transportes e direccionamento de tráfego, bem como segurança a nível ambiental, vão ser disponibilizadas aplicações informáticas contemplando questões como os condicionamentos de trânsito, a qualidade do ar, níveis de ruído, etc.

Estes sistemas permitirão a interacção com os utilizadores, que podem assim dar também dados importantes ou pedir informações no momento. 

As tecnologias de informação e comunicação (TIC) aliás são uma componente indispensável para as cidades inteligentes do futuro. O projecto vai assim dotar todas as infra-estuturas envolvidas de sensores capazes de fornecer dados e informação, sempre actualizada, de fluxos e consumos energéticos. Estes dados serão utilizados não só para corrigir e avaliar os sistemas, como para fazer medições que vão garantindo a sua eficácia, para melhor poderem ser replicados nas cidades que acompanham o projecto.

É pela conjugação destas três vertentes que se pode conseguir uma mais eficaz gestão urbana, objeto principal do conceito de "smart city", em que Lisboa aparece na dianteira europeia. Este projeto será assim transversal não só aos diversos serviços da autarquia como dos parceiros envolvidos, e uma alavanca fundamental para a estratégia que o município pretende desenvolver para tornar a cidade cada vez mais inteligente.

Fonte: CM de Lisboa
Imagem:  ..Yann 07..