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"Esta é a maior dragagem do País"

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"Esta é a maior dragagem do País"

18.Dec.2015

"Esta é a maior dragagem do País"


Ao todo serão 1,5 milhões de metros cúbicos de areia dragada, mais de 17 milhões de euros de custos de uma obra dividida em duas fases. A primeira fase termina em Fevereiro deste ano e só esta primeira empreitada custará aos cofres do Estado 4,3 milhões. Estes são alguns dos dados que a Comissão de Acompanhamento da Lagoa de Óbidos revelou, no passado dia 16 de Dezembro, na Foz do Arelho, numa sessão de esclarecimento sobre as dragagens de fundo que estão, neste momento, a ser feitas e que vão permitir o desassoreamento da Lagoa

Sala quase cheia, para ouvir os esclarecimentos da Agência Portuguesa do Ambiente, que se fez representar pelo seu presidente, Nuno Lacasta, por dois técnicos, presidentes das Câmaras Municipais de Óbidos a Caldas da Rainha, Humberto Marques e Tinta Ferreira, e ainda o presidente da Junta de Freguesia da Foz do Arelho, Fernando Sousa, entre outras entidades.

Uma das novidades que saiu desta sessão de esclarecimento foi a criação de uma conta de email, por parte da Agência Portuguesa do Ambiente, onde os cidadãos poderão "colocar todas as suas dúvidas e também dar os seus contributos para esta grande obra", explicou Nuno Lacasta.

José Proença, um dos técnicos da APA presentes, explicou que, ao longo dos últimos anos, nos trabalhos de 1995, 1998, 2000, 2001, 2003, 2011 e 2012 foram dragados 2 milhões de metros cúbicos de areia, "o que permitiu aumentar o prisma de maré e a circulação de sedimentos no sentido lagoa-oceano".

No entanto, e para que se tenha uma ideia, as actuais dragagens, dividas em duas fases, vão retirar da lagoa cerca de 1 milhão e meio de metros cúbicos de areia, sendo, por isso, uma obra de grande envergadura. Nuno Lacasta esclareceu "que esta é a maior dragagem do País e que vai custar 17 milhões de euros", contabilizando ambas as fases. A primeira fase, que decorre até Fevereiro, custará 4,3 milhões de euros, com 85 por cento de comparticipação comunitária.

Para o presidente da Câmara Municipal de Óbidos, "a Lagoa de Óbidos não é apenas importante para os concelhos das Caldas da Rainha e Óbidos, mas para toda a região e para o País". Humberto Marques destaca, neste momento, "a disponibilidade que existe para nos ouvirem verdadeiramente", explicando que, nestas últimas dragagens "foram sugeridas pequenas alterações que foram ouvidas e estudadas pelos técnicos". O autarca defendeu ainda a continuação da Comissão de Acompanhamento da Lagoa de Óbidos para além dos trabalhos agora planeados.

Relativamente às actuais dragagens de fundo, Humberto Marques sustenta que "o importante é que o projecto seja executado de acordo com aquilo que está planeado, que haja segurança para os utilizadores da Lagoa de Óbidos e que as intervenções possam ter um carácter mais duradouro".

No que diz respeito à deposição dos dragados, em ambos os concelhos, o presidente da Câmara Municipal de Óbidos, diz que há que ter "cuidado com a sua deposição temporária", principalmente na segunda fase da obra, no corpo superior sul. "Temos de os colocar em zonas que, do ponto de vista ambiental, não coloquem em causa a Lagoa e os seus recursos", exigiu. 

Fonte: CM de Óbidos
Imagem: CM de Óbidos