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10.Jan.2016
Espera-se o aumento em 4% por ano, no preço das habitações em Portugal
Estes dados são revelados pelo Portuguese Housing Market Survey (PHMS), inquérito mensal produzido pelo RICS e pela Confidencial Imobiliário (Ci), revela que os mediadores e promotores imobiliários têm expectativas positivas quanto à evolução dos preços das casas em Portugal.
Os resultados de Novembro deste 'survey' mostram que os
inquiridos antecipam que, ao longo dos próximos cinco anos, os preços
das casas aumentem, em média, cerca de 4% por ano. As expectativas
são sustentadas pela recuperação da actividade no mercado de compra e
venda, que continuou a recuperar a um ritmo constante em Novembro.
"As expectativas permanecem positivas para a maioria dos agentes que
participam no PHMS, especialmente por parte dos mediadores que actuam
junto de investidores internacionais", começa por explicar Ricardo
Guimarães, director da Confidencial Imobiliário, acrescentando que "mesmo com
a incerteza que as recentes alterações políticas acabaram por
aportar, há diversos factores positivos que dão sustentação às tendências
positivas quer nos preços quer na procura".
Para Simon Rubinsohn, Economista Sénior do RICS, "o
crescimento do emprego, a descida das taxas de juro para o crédito à
habitação e o crescimento da procura por crédito estão entre
os fundamentos que sustentam a continuidade da tendência
de melhoria no mercado de compra e venda de habitação".
De acordo com o inquérito de Novembro, a procura, medida pela novas
instruções de compra, continuou a crescer, ainda que a um ritmo
ligeiramente mais moderado. Também as vendas cresceram a um ritmo
sólido e as expectativas são para que o volume transaccionado continue
a crescer.
O PHMS destaca ainda que o crescimento da procura se
mantém superior ao crescimento da oferta, o que tem sustentado
a tendência de recuperação dos preços, embora também a um ritmo menos
acelerado nos últimos meses.
No mercado de arrendamento, a procura também continuou a crescer em
Novembro, de acordo com o PHMS, enquanto a oferta de casas para
arrendar caiu uma vez mais. Esta relação entre as duas forças, tem
levado a uma ligeira recuperação das rendas, que se mantém há já sete
meses ininterruptos. Quanto às expectativas para as rendas, apontam
para que o seu crescimento acelere nos próximos meses, mesmo que
ligeiramente.
Fonte: Confidencial Imobiliário
Imagem: GOVBA