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Entrevista: «Existem para o sector indicadores positivos e promissores levando a crer que 2013 tenha sido o ano de inflexão»

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Entrevista: «Existem para o sector indicadores positivos e promissores levando a crer que 2013 tenha sido o ano de inflexão»

14.Oct.2014

Entrevista: «Existem para o sector indicadores positivos e promissores levando a crer que 2013 tenha sido o ano de inflexão»


Com mais de 25 anos de existência na actividade de comercialização de máquinas para a construção, movimentação de cargas e agricultura, o Entreposto Máquinas desenvolve a sua actividade em Portugal, Moçambique, Brasil e Timor. Nesta área de negócio, a empresa representa conceituadas marcas como a Case, New Holland, Bell, Still, Nissan Forklift, Goldoni, entre outros equipamentos. Em entrevista ao Directobras.pt, o responsável de Equipamento Industrial da Entreposto Máquinas, João Felgar, fala-nos da realidade do mercado de comércio de máquinas e as perspectivas da empresa para o futuro.

1.- Como avaliam, na vossa perspectiva, o mercado nacional de vendas e aluguer de máquinas para a construção?

Após cinco anos consecutivos de mercado em queda, os dados relativos ao primeiro semestre de 2014 já demonstram sinais de alguma melhoria embora em mercados tão anémicos como o do último ano, qualquer variação positiva traduz-se num aumento percentual significativo. Existem para o sector indicadores positivos e promissores levando a crer que 2013 tenha sido o ano de inflexão.

2.- Face à ausência de grandes empreendimentos públicos a nível nacional, qual a estratégia a adoptar pelos representantes das principais marcas máquinas e equipamentos, no nosso País?

As empresas do sector reorganizaram-se e foram obrigadas a repensar a sua forma de actuar neste mercado de modo a poderem acompanhar e a satisfazer as necessidades dos seus clientes. Grande parte das empresas, sobretudo as de maior dimensão, deslocalizaram recursos humanos e equipamento para novas geografias (nomeadamente Africa e América do Sul) colocando hoje nessas geografias o seu foco e a sua sustentabilidade. Nestas condições, as empresas que representam as marcas tiveram e/ou têm de ter a capacidade de os acompanhar. Esta visão é partilhada pelo Grupo Entreposto, que está presente directamente em Moçambique, Brasil e Timor. Para os países onde ainda não existe representação do Grupo, temos parecerias com empresas locais e equipas após-venda especializadas que visitam os clientes nesses países de forma periódica.

3.- Qual o peso dos serviços complementares (aluguer e manutenção de equipamentos) desenvolvidos pela vossa empresa, face à venda de equipamentos no nosso País?

Não existe, para o mercado de máquinas industriais, uma frota de aluguer. O Entreposto Máquinas comercializa, para além do equipamento industrial de movimentação de terras, tractores agrícolas e máquinas de movimentação de cargas (empilhadores ) sendo que, a frota de aluguer existente no Entreposto Máquinas é quase na sua totalidade, equipamentos de movimentação de cargas. Em resumo, 39,8% da facturação global do Entreposto Máquinas é proveniente de actividades como venda de peças, oficina e aluguer.

4.- A internacionalização tem sido uma estratégia cada vez mais pela empresas portuguesas, especialmente neste sector. Qual o peso dos mercados internacionais em termos de facturação na vossa empresa?

Tipicamente o peso dos equipamentos de movimentação de terras vendidos para os mercados internacionais representam entre 20 a 25% da facturação global do Entreposto Máquinas.

5.- Das apostas efectuadas a nível internacional qual é o mercado mais preponderante (mais importante) ou de maior relevo?

Africa: Moçambique e Angola. O Grupo Entreposto teve a sua origem em Moçambique há mais de 70 anos existindo uma forma relação e parceria entre as empresas e os seus quadros. Em Angola, com as parecerias locais que vamos fortalecendo com os nossos clientes.

6.- Qual a perspectiva, do ponto de vista da vossa empresa, para o futuro deste sector no nosso país?

Pesa embora o crescimento do mercado face a 2013, o mercado neste sector ainda nos parece incerto. Terá uma tendência natural de recuperação mas ainda é muito cedo para perceber qual irá ser o ponto de equilíbrio. Em Portugal, e após o grande entusiasmo nos investimentos na construção, terá forçosamente de se apostar nesta fase de maior contenção na reabilitação, conservação e reparação das infra-estruturas existentes. De qualquer forma, as empresas que operam neste sector (importadores e clientes) têm vindo a ajustar-se e estão actualmente mais adequadas a oscilações de mercado.

7.- Qual a aposta (ou estratégia comercial), que a vossa empresa vai desenvolver nos próximos anos?

O Grupo Entreposto aposta na formação e valorização dos seus recursos humanos pois com uma equipa forte, estaremos mais preparados para acompanhar/apoiar os nossos clientes independentemente da geografia. Em Portugal, continuaremos a apostar numa rede de distribuição mista entre vendas directas e rede de concessionários, que nos permitirá estar mais perto dos nossos clientes, prestar um melhor serviço e antecipar as suas necessidades.