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Entrevista: «A melhoria do ambiente económico nacional, conjugada com a excelência técnica, humana e tecnológica das nossas empresas, está a contribuir para relançar o sector.»

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Entrevista: «A melhoria do ambiente económico nacional, conjugada com a excelência técnica, humana e tecnológica das nossas empresas, está a contribuir para relançar o sector.»

11.Dec.2014

Entrevista: «A melhoria do ambiente económico nacional, conjugada com a excelência técnica, humana e tecnológica das nossas empresas, está a contribuir para relançar o sector.»


Presentes no mercado nacional desde 2007, a construtora Linhas Gerais especializou-se em trabalhos dedicados à reabilitação, recuperação e construção de edifícios. Com o decorrer dos anos, a empresa alargou a sua gama de serviços actuando ainda, nas áreas de promoção imobiliária, manutenção e gestão técnica de edifícios, obras públicas, entre outras actividades. Em entrevista ao Directobras.pt, o gerente da Linhas Gerais, Nuno Monteiro, apresenta-nos as mais-valias da orientação da empresa bem como da importância do sector da reabilitação e manutenção técnica no nosso País.

1.- Como avaliam, na vossa perspectiva, o sector da construção no nosso País?
De facto o sector da construção foi um dos que mais sofreu com a crise financeira. Contudo começam-se já a sentir alguns sinais de melhoria, essencialmente ao nível da reabilitação urbana. Aos poucos os privados e alguns agentes públicos começam a apostar na reabilitação e na manutenção e gestão técnica dos seus edifícios. A melhoria do ambiente económico nacional, conjugada com a excelência técnica, humana e tecnológica das nossas empresas, está a contribuir para relançar o sector. Possuímos uma reconhecida excelência profissional na área, apenas necessitamos dos estímulos necessários, sejam eles através investimento direto, sobretudo privado, quer através de mais incentivos fiscais para a reabilitação.

2.- Qual a estratégia, a adoptar pelas construtoras portuguesas, face à diminuição da actividade construtiva em Portugal?
Desde 2008, a atividade construtiva tem vindo a decrescer bastante. A verdade é que surgiram novos sectores de mercado que procuraram por um lado responder à necessidade de manutenção dos edifícios e por outro lado à necessidade de o fazer sem grande investimento de fundos. Esta foi precisamente a aposta da Linhas Gerais: utilizando a sua mão-de-obra altamente especializada, diversificou a sua actividade e apostou no sector da manutenção e gestão técnica de edifícios, que em Portugal não apresentavam respostas adequadas. Respondendo assim às necessidades de Donos de Obra cada vez mais especializados e especialmente exigentes.

3.- Considera que a aposta na internacionalização a única saída para a sobrevivência das construtoras portuguesas?
A internacionalização é uma saída, mas não é a única. Ou seja, existem outras opções para a sobrevivência das construtoras portuguesas. A Linhas Gerais, por exemplo, apostou noutras saídas. Apostou na especialização técnica dos seus colaboradores e direccionou o seu "core business" para a reabilitação urbana e para a manutenção e gestão técnica de edifícios. Com esta aposta, a Linhas Gerais desenvolveu capacidades únicas em áreas que careciam de respostas. Somos cada vez mais reconhecidos pelo nosso profissionalismo, competências técnicas e acompanhamento personalizado ao cliente.

4.- Face ao novo Quadro Comunitário de Apoio (Horizonte 2020), considera que este investimento possa dar uma alavanca ao sector das obras e por consequente, às empresas de construção?
Pelo que vamos conhecendo do novo Quadro Comunitário de Apoio (QCA), a primazia de aplicação dos fundos europeus não será dada ao setor da construção. Ou, pelo menos, não será dada da mesma forma que até agora. Sabemos que as políticas de construção de infraestruturas estão, paulatinamente, a ser substituídas por políticas mais integradoras, políticas que juntem o desenvolvimento infraestrutural com o ambiente, mobilidade e desenvolvimento social. Tendo em conta esta evolução, a Linhas Gerais já começou a adaptar-se a estes novos requisitos. Desde há uns anos que tentamos, em todas as nossas intervenções, dar primazia às preocupações ecológicas e de sustentabilidade social e económica. O futuro passará por esta conjugação de factores e preocupações.

5.- Qual a aposta da vossa construtora, para os próximos anos? O futuro passa pelo mercado da reabilitação? Como já tenho vindo a partilhar, o futuro da companhia passará pelo desenvolvimento de catividades que vão para além da construção. A reabilitação é, desde sempre, uma das nossas apostas, e assim continuará. Mas a ela junta-se a gestão e manutenção técnica dos edifícios, quer numa perspetiva preventiva, quer correctiva. Acreditamos que o futuro da construção em Portugal passará por aqui.

6.- Breve referência a um empreendimento em curso a cargo da vossa empresa (breve descrição do projecto, estado da obra, prazo de conclusão, entre outros). 
Um dos projectos que desenvolvemos, e que mais prazer nos deu, foi a reabilitação com Métodos não Destrutivos (limpeza, restauro e protecção) da fachada e alçados do edifício sede da Ordem dos Médicos Portugueses, em Lisboa. O edifício é da década de 60 do século XX, com um importante valor histórico e cultural, o que obrigou a uma abordagem tecnicamente desafiante.