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Dossiê Energias Renováveis – Aposta clara no Autoconsumo! - 3ª Parte

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Dossiê Energias Renováveis – Aposta clara no Autoconsumo! - 3ª Parte

28.Oct.2014

Dossiê Energias Renováveis – Aposta clara no Autoconsumo! - 3ª Parte


A energia solar é um dos recursos naturais mais abundantes e acessíveis em todo o mundo. Um dos equipamentos disponíveis para o aproveitamento da Energia Solar consiste nos Painéis fotovoltaicos. Definido como um dispositivo para converter a energia solar em energia eléctrica, os painéis solares fotovoltaicos são compostos por células solares que absorvem a energia do sol e convertem a radiação solar em electricidade a partir de processos que se desenvolvem ao nível atómico nos materiais de que são constituídas.

Recentemente foi publicado o Decreto-Lei n.º 153/2014 de 20 de Outubro, que aprovou os regimes jurídicos aplicáveis à produção de electricidade destinada ao autoconsumo, através de unidades de produção para autoconsumo, e à produção de electricidade para venda à rede eléctrica de serviço público (RESP).

O executivo pretende, deste modo, incentivar aos particulares em produzir electricidade para consumo próprio, sem ser obrigatória a sua venda na rede eléctrica de serviço público. O principal objectivo do novo regime de produção distribuída é o autoconsumo de energia eléctrica que facilita aos particulares e empresas produzir e consumir a sua energia elétrica a partir de fontes renováveis. Um dos aspectos positivos da alteração é que o consumidor final consegue, mesmo com um pequeno investimento, atingir uma poupança significativa no seu orçamento mensal. Actualmente, as principais tecnologias disponíveis de painéis fotovoltaicos são os policristalinos e os monocristalinos que tem preços e rendimentos diferentes.

Os painéis policristalinos são assim chamados, por as células que os constituem serem feitas a partir de um processo menos rigoroso do que os monocristalinos. As células são feitas a partir de vários cristais. O rendimento normal dos painéis policristalinos é de cerca de 12%.

Este tipo de células são fabricadas a partir de vários cristais de silício e são mais baratas de produzir, o que as tornam a escolha preferencial de muitos consumidores. Por sua vez, os painéis monocristalinossão assim chamados por as células que os constituem serem feitas a partir de seccionamentos de uma só peça de cristal de silício.

O rendimento normal dos painéis monocristalinos é de cerca de 16%. Este tipo de células a partir de um único cristal de silício são mais caros porque produzir este tipo de cristais requer muita tecnologia e um grande gasto energético, apesar disso tendo em conta a sua maior eficiência, quando se tem em conta o tempo de vida de um painel (superior a 25 anos) podem ser mais rentáveis do que painéis mais baratos.

O sistema de painéis solares para produção de energia eléctrica utiliza o mesmo princípio dos painéis solares térmicos mas, utilizam a energia do sol para produção de electricidade. Em Portugal, a electricidade produzida pode ser consumida na habitação e/ou vendida à rede eléctrica nacional, isto é, pode somente consumir a electricidade que produz, armazenando ou não a electricidade excedente que possa ser produzido em determinadas alturas (autoconsumo) ou consumo de pelo menos 50% da electricidade produzida, e venda do excedente à rede eléctrica (microgeração).

No caso de querer armazenar a energia produzida, para além do gerador fotovoltaico é necessário ainda o banco de baterias (acumuladores electroquímicos), e o regulador de carga do banco de baterias que evita a sobrecarga ou descarga profunda das baterias, de modo a aumentar o seu tempo de vida. Para a utilização directa pode ser necessário um inversor de corrente, para passar da corrente contínua produzida nas células para corrente alternada necessária na maioria dos equipamentos eléctricos.

Autor: António Barbosa
Imagem: D.R.