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Prevenção de cheias em meio urbano, através de bacias de retenção, são exemplo nacional em Guimarães

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Prevenção de cheias em meio urbano, através de bacias de retenção, são exemplo nacional em Guimarães

02.Mar.2016

Prevenção de cheias em meio urbano, através de bacias de retenção, são exemplo nacional em Guimarães


Solução criada há dez meses pela Câmara de Guimarães tem evitado inundações no centro da cidade. Neste período, houve o equivalente a 87 ciclos de enchimento e esvaziamento das bacias de retenção.

Mais de 2 milhões de metros cúbicos de água foram regulados, até agora, nas três bacias de retenção construídas há dez meses em meio urbano pela Câmara Municipal de Guimarães. A análise do valor (2.214.000m3 de água) refere-se ao período entre 01 de maio de 2015 e 17 de fevereiro de 2016, correspondendo ao enchimento de cerca de 2.800 piscinas convencionais, com 25 metros de comprimento. 

Só nos primeiros 48 dias de 2016, desde o início deste ano até 17 de fevereiro, choveu mais de metade do que nos últimos oito meses do ano passado. Entre maio e dezembro de 2015, passaram pelas bacias de retenção de Guimarães 1 milhão e 320 mil metros cúbicos de água, enquanto em 2016, em apenas um mês e meio, foram contabilizados 894 mil metros cúbicos de água.

Até ao momento, o dia de maior carga aconteceu a 15 setembro de 2015, com 196 mil metros cúbicos equivalentes a 7 ciclos de enchimento e esvaziamento, sendo a capacidade total das três bacias de 25 mil e 500 metros cúbicos. Por sua vez, janeiro de 2016 foi o mês com maior atividade, com um total de 558 mil metros cúbicos de água, equivalentes a 16 ciclos. «Esta obra tem resolvido o problema das inundações, que eram recorrentes», afirmou Domingos Bragança, Presidente do Município.

Intervenção evita facilidade de inundações

O recurso à engenharia natural na construção das bacias teve como principal objetivo o melhoramento e a manutenção da função hidráulica da Ribeira da Costa, constituindo uma solução para evitar cheias com a criação de três bacias de retenção, com a função de redução do caudal e velocidade das águas da Ribeira de Couros, diminuindo, desta forma, a possibilidade de inundações da zona baixa da cidade.

Com esta obra, a Câmara Municipal de Guimarães privilegiou a preservação e valorização de espaços verdes, que se encontram enquadrados na cidade, favorecendo a sustentabilidade e a biodiversidade do sistema natural, criando corredores ecológicos fluviais, além de aumentar o grau de utilização pública destas áreas naturais, criando lugares de interface entre as vivências sociais e os espaços ribeirinhos.

A Ribeira da Costa/Couros é um dos afluentes do Rio Selho. Nasce na montanha da Penha e atravessa a cidade de Guimarães, abrangendo diversas zonas desde o Parque da Cidade, Parque das Hortas, zona de Couros, Mercado Municipal/Alameda Mariano Felgueiras até desaguar no Rio Selho, na Veiga de Creixomil, numa extensão de aproximadamente 6.2 km, alternando entre locais em que o escoamento é feito em superfície livre com zonas em que é canalizado. A correspondente área da bacia hidrográfica tem cerca de 11.23 km2.