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Pavilhão do Brasil na Expo de Milão revestido a cortiça

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Pavilhão do Brasil na Expo de Milão revestido a cortiça
Pavilhão do Brasil na Expo de Milão revestido a cortiça

08.Jun.2015

Pavilhão do Brasil na Expo de Milão revestido a cortiça


O Pavilhão do Brasil, na Expo Milão, que decorre até ao dia 31 de Outubro, sob a temática "Alimentar o Planeta, Energia para a Vida", foi revestido com aglomerado de cortiça expandida produzida pela Corticeira Amorim. Amplamente destacado pelo seu design pouco convencional, em que os elementos arquitectónicos e cenográficos aparecem intimamente ligados, com o Pavilhão do Brasil renova-se a tradição de utilização de cortiça nas grandes exposições internacionais. De realçar que Portugal é um importante produtor e exportador de cortiça no mundo.
O aglomerado de cortiça foi o material escolhido não só pelas suas credenciais de sustentabilidade ambiental (que são de enorme importância num edifício de cariz provisório), mas também pelo facto de o material assegurar o isolamento de um pavilhão com estas características e de se apresentar como uma solução que em termos arquitectónicos se enquadrava no perfil do projecto, liderado pelo Studio Arthur Casas e pelo Atelier Marko Brajovic, com consultadoria do Studio Mosae.
Segundo o arquitecto Dario Pellizzari, do Studio Mosae, "a escolha deste material permite oferecer uma solução inovadora que, com apenas 80 mm de espessura, garante um bom nível de isolamento térmico do edifício. Acresce que esta é uma matéria-prima 100% natural e a sua utilização não tem impactos negativos em termos de gases com efeito de estufa".
O Pavilhão do Brasil é composto por dois edifícios contíguos, com características distintas, ou seja, uma galeria aberta, feita de aço, apresenta uma rede de pedestres a meia altura, permitindo que o visitante observe a biodiversidade típica do país por baixo dos seus pés, no piso térreo. Esta é complementada por um segundo edifício fechado, inteiramente revestido a aglomerado de cortiça expandido, um material que, quando sujeito às variações climatéricas, fica ligeiramente mais claro, numa combinação perfeita com a cor enferrujada do aço seleccionado.
Luisa Basiricò, uma das consultoras do Pavilhão do Brasil, aponta, no entanto, a sustentabilidade como elemento crítico da selecção deste material, ao referir que "se trata de um edifício temporário, procuramos escolher materiais que poderiam ser reutilizados, mesmo antes da reciclagem. Neste sentido, optamos por um meio de fixação mecânica dos painéis de cortiça que nos permitirá assegurar a sua remoção e posterior utilização em outros projectos ou inclusive no mesmo pavilhão, caso faça sentido a sua deslocalização num contexto pós-Expo."
Para Carlos Manuel Oliveira, director-Geral da Amorim Isolamentos, "depois do sucesso da participação na Expo Hanôver em 2000 e, mais recentemente, da Expo Xangai, onde o Pavilhão de Portugal foi um dos mais visitados e também distinguido com o Prémio de Design, é com muito agrado que vemos de novo o aglomerado de cortiça expandido seleccionado como elemento estrutural de um Pavilhão, desta vez no âmbito da Expo de Milão", acrescentando que "apesar de Portugal não ter uma representação oficial no certame, através desta associação ao Pavilhão do Brasil,  vemos um dos materiais mais representativos do nosso país em destaque no evento".

Fonte: Amorim Revestimentos
Foto: DR – Amorim Revestimentos
Autor: António Barbosa