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Inverte-se o ciclo de crise no Sector da Construção, segundo balanço da AECOPS

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Inverte-se o ciclo de crise no Sector da Construção, segundo balanço da AECOPS

26.Feb.2015

Inverte-se o ciclo de crise no Sector da Construção, segundo balanço da AECOPS


Finalmente se inverte o ciclo de crise no Sector da Construção no nosso País, segundo revela o comunicado, hoje divulgado, pela Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS). No balanço apresentado por esta associação, o ano de 2015 deverá registar, no Sector da Construção um crescimento na ordem dos 1,5%, pondo fim a um período recessivo de 13 anos durante o qual, a produção da actividade se contraiu 58%.

Este crescimento deverá registar-se tanto no mercado interno, como no exterior, devido à uma "conjuntura internacional cujos efeitos diretos e indiretos em Portugal favorecem o investimento em Construção, seja no imobiliário, seja em infra-estruturas". Entre os pressupostos económicos internacionais que favorecem esta actividade económica, encontram-se, por exemplo, o risco de deflação e o Plano de Investimentos Europeu, destacando-se entre os factores nacionais o pleno acesso do País aos mercados financeiros, o início de um novo ciclo de apoios comunitários e o aumento do investimento directo estrangeiro no imobiliário e na aquisição de empresas.

Com este enquadramento, a AECOPS prevê que, após 13 anos de quebras sucessivas, que deverão ter atingido uma redução acumulada de 80%, a produção do segmento da Construção Residencial registe em 2015 um crescimento em redor dos +1,3%, em contraste com a quebra de 10% com que terminou o ano de 2014. Por sectores, o relatório da associação ressalta os trabalhos de Manutenção e Reabilitação deverão ter um crescimento de +8,5%, mas, dada a evolução ainda negativa do licenciamento, prevê-se, novamente, uma redução do volume dos trabalhos de construção nova, na ordem dos -2,6% em termos reais, se bem que muito mais moderada do que as registadas nos anos mais recentes (média de -22% nos últimos três anos).

Do mesmo modo, o segmento da Construção Não Residencial deverá expandir a sua produção em 2015 (+0,9%, face a cerca de -6% em 2014), devido ao desempenho favorável da sua componente privada (+1,5%, face a -2% em 2014)), já que o nível de produção de edifícios não residenciais públicos, cujo desempenho em 2014 se traduziu numa redução de -11%, deverá continuar este ano fortemente condicionada pelo nível muito reduzido do investimento público, estabilizando ao nível de 2014 (variação de 0,0%).

Neste domínio, salienta-se o forte dinamismo observado nas aquisições de edifícios não residenciais, propulsionadas pela procura de estrangeiros, e que tem conduzido a uma evolução muito positiva dos trabalhos de reabilitação, os quais, por si só, são suficientes para impor uma boa dinâmica a este segmento da construção de edifícios. Já no que respeita à construção de novos espaços não residenciais privados, os indicadores são menos animadores, mas, ainda assim, com tendência inversa à dos últimos anos.

No total, o subsetor da construção de Edifícios terminará 2015 com um crescimento de 1,1%, depois de em 2014 ter registado uma evolução negativa à volta dos -8%. Por último, o sector de Engenharia Civil e após cinco anos consecutivos, de quebras na produção deste tipo de trabalhos (-30% em termos acumulados, entre 2011 e 2013, e -1% o ano passado), a previsão da AECOPS aponta para um crescimento de 2% em 2015, em resultado dos primeiros efeitos da entrada em vigor do Novo Programa de Fundos Estruturais Comunitário - "Portugal 2020" e da conclusão das obras financiadas ao abrigo do QREN 2007-2013. O "Portugal 2020" faz referência à proposta da União Europeia para o período 2014 – 2020 e disponibilizará para Portugal 21 mil milhões de euros de apoios comunitários.